Foram-se as Indulgências... (Conto) – Texto de fim de semana
Jerónimo Felizardo estava a aliviar do luto a que a perda da amantíssima esposa, Deolinda, o obrigara. Não se pode dizer que lhe fora muito dedicado em vida nem excessivamente fiel. Mas habituara-se a ela como um rafeiro ao dono que o acolhe.
Sentia-lhe agora a falta. Deolinda de Jesus dera-lhe tudo. Mesmo tudo. Até o que é obrigação e nela nunca foi devoção e, muito menos, entusiasmo. Deu-lhe independência económica, boa mesa, respeito e uma filha. Deixou-lhe uma pensão de professora, metade do ordenado do 10.o escalão, que acrescentava a outros proventos e o punham ao abrigo de sobressaltos.
Com a filha não podia contar. Fora para Lisboa frequentar a Universidade Católica, a cujo curso e influência deve hoje o desafogo em que vive e o lugar importante no Ministério. Metera-se no Opus Dei e enjeitou a família. Mesmo a mãe, a quem fora muito chegada, só lhe merecera duas breves visitas nos três anos de doença prolongada com que Deus quis redimi-la do pecado original.
Era natural que substituísse as visitas por orações, que não exigiam deslocações nem hora certa, que haviam de prolongar a vida e o sofrimento, assim Deus a ouvisse. E ouvi-la-ia de certeza porque, além de omnipotente e omnisciente, vinham duma devota fiel à instituição que o Papa amava quase tanto como à bem-aventurada Virgem Maria.
A poucos meses de fazer meio século Jerónimo empanturrava-se de comida que Carolina, afilhada do crisma de D. Deolinda, se esmerava a cozinhar com um desvelo que a filha nunca revelara. Bem sabia que a gula era um pecado capital, mas que a prática e o exemplo eclesiástico largamente tinham despenalizado. Nem mesmo o Prefeito para a Sagrada Congregação da Fé, tão cioso guardião da moral e dos bons costumes, o valorizava demasiado. A gula não é propriamente a luxúria, que é das maiores ofensas feitas a Deus, pecado dos maiores e, de todos, o que mais contribui para a perdição da alma.
Em tudo o mais era Jerónimo um viúvo exemplar. Dera-se à tristeza e à oração. Arrependia-se das vezes em que não cumpriu o dever da desobriga, da frequência escassa à eucaristia, das missas a que faltou, em suma, das obrigações de cristão que não cumpriu com a intensidade, duração e frequência que recomendava a Santa Madre Igreja. Mas, de tudo, o objeto maior de arrependimento era o adultério que cometera e em que, sempre confessado, reincidiu.
Mas isso terminara há muitos anos. A infeliz que seduzira casara e virara fiel ao marido a quem agradecia tê-la recebido canonicamente apesar de saber que já não ia como devia. Conformado, não se importando de ficar com mulher que já não ia inteira, nunca suspeitou de ornamentos de homem casado, sempre julgou que o autor era um antigo namorado que a morte por acidente impediu de reparar a desonra.
Desse pecado se redimira já, pela confissão, penitência e promessa de nunca mais pecar.
Agora, à castidade que se impunha, ao cumprimento dos mandamentos a que se devotara, juntava uma vontade forte de conquistar indulgências nesse ano 2000 do Grande Jubileu.
Bem sabia que as indulgências requerem sempre a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração pelas intenções do Papa, condições sine qua non para a sua obtenção. Quanto às disposições para a sua aquisição não era difícil cumpri-las. Bastava peregrinar a uma Basílica, Igreja ou Santuário designado para o efeito, e eram várias as opções na diocese, e rezar o Pai-nosso, recitar o Credo em profissão de fé e orar à bem-aventurada Virgem Maria, tarefas de que se desobrigava com prazer e entusiasmo. Mesmo a recomendável contribuição significativa para obras de carácter religioso ou social estava ao seu alcance e não deixaria de fazê-lo.
Embora gozando de excelente saúde e de razoáveis análises nunca é demasiado cedo para o sincero arrependimento e cuidar da alma. Veio a calhar o ano do Grande Jubileu que Sua Santidade avisadamente instituiu nesse Ano da Graça de 2000.
Jerónimo tomou como bênção do Céu ter ficado Carolina a cuidar dele. Antes de se recolher ao quarto rezavam os dois, todos os dias, por D. Deolinda, Esposa e Madrinha, respetivamente, para que a sua alma mais célere entrasse no Paraíso, aliviada das penas do Purgatório.
Passava os meses dedicado à oração, à penitência e à agricultura, outra forma de penitência que alguns teólogos interpretam como a mensagem do anjo do 3.o segredo de Fátima. Disse-me um crente praticante, e não incréu militante, que a penitência que o anjo três vezes pediu era uma forma de exigir dedicação à agricultura, modo de empobrecer e salvar a alma, vacina contra os sectores secundário e terciário onde os homens perdem a fé e a Igreja os fiéis.
No primeiro dia de maio, a seguir ao jantar, horas depois dos comunistas ateus se terem manifestado nas ruas de Lisboa e Porto, enquanto Carolina ficou a arrumar a cozinha, foi Jerónimo ao mês de Maria, ato litúrgico que na sua cidade de província sobreviveu à conversão da Rússia e à consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria.
À saída da igreja entrou no carro, dirigiu-se à quinta que distava duas léguas da cidade, deu um bocado de conversa ao caseiro e uma olhadela às vitelas, distribuiu-lhes ele próprio um pouco de ração, mandou verificar a pedra que tapava o buraco das galinhas para protegê-las da raposa, deu a bênção aos afilhados, filhos do caseiro, e regressou à cidade onde viveu em vida de D. Deolinda, por vontade dela que detestava a lavoura e o campo, e vivia agora por hábito e fidelidade à memória da falecida.
Ao regressar a casa admirou-se de ver todas as luzes acesas, exceção para o seu quarto que a luz do corredor iluminava discretamente.
Ia entrar em busca da santa Bíblia quando, sobre uma colcha de seda, na cama, deparou com o corpo esbelto de Carolina, esplendorosa escultura de 20 anos à espera de ser percorrida, vestida apenas de penumbra e longos cabelos castanhos esparsos sobre o peito, donde brotavam túmidos mamilos à espera de afago.
O quarto parecia iluminar-se progressivamente. Já uns lábios carnudos se ofereciam sequiosos e um corpo arfava em pulsações rápidas, num incontido furor de ser possuído, numa ânsia insuportável de ser saciado, primícias ávidas em busca de serem saboreadas.
Jerónimo sentiu sobrar-lhe roupa e minguar-lhe a resistência.
Mais Síria
A RTP mesmo sendo serviço público fez o jogo dos outros canais e deu as notícias de acordo com o que era noticiado nos canais privados internacionais.
Acho mesmo que a RTP foi apanhada de surpresa com esta entrevista à irmã Guadalupe e ela não disse nada que eu já não dissesse aqui a seguir a 2011 e ao início da guerra.
Eu vivi na Síria e fui verdadeiramente surpreendido com o que se noticiava em Portugal e no mundo.
Um governo que acolheu mais de dois milhões de refugiados da Palestina e do Líbano não podia estar agora a fazer o mesmo ao seu próprio povo.
Eu vivi, convivi e trabalhei lado a lado com refugiados Palestinianos sabia que não era aquele povo das notícias que queimava escolas e hospitais cheio de gente o povo que eu conheci. Agora que a guerra talvez se aproxime do fim, talvez seja tempo de as verdades começarem a vir ao de cima quer com esta irmã Guadakupe o com outras Guadalupes que começem a pôr a boca no trombone e a denunciar a mentira e a hipocrisia dos países ocidentais,
Constantemente vê-se ou ouve-se gente a cantar loas a Sá Carneiro como se existisse alguma coisa visível ou palpável da obra de Sá Carneiro.
Sá Carneiro, foi com outros advogados bem instalados na vida fundador e dirigente do PPD, partido esse que com tão bons alicerces já nem existe.
Foi ainda deputado da Assembleia Nacional no tempo de Marcelo Caetano portanto no tempo da ditadura, o que quer dizer que era da mesma laia senão não tinha ido para lá e não vejo muito bem o que é que ele tenha feito neste país que o tenho levado à idolatração ao ponto de quase vir a ser beatificado.
Sá Carneiro, foi 1º Ministro de Portugal durante cerca de três anos.
Sá Carneiro, era e foi um politico igual a tantos outros, mas no dia 4 de Dezembro de 1980 passou de politico a santo sem motivo nenhum aparente a não ser a sua morte. por negligência do piloto do avião onde se fazia transportar
Tão íntegro, tão moralista e tão bom cristão, como são todos os direitistas, que não exitou em abandonar a mulher e os filhos menores para se juntar a outra mulher e refazer a vida junto dela.
Agora, se fazem favor, digam-me quais foram as medidas ou obras que Sá Carneiro deixou implantadas neste país.
Sejam quais forem, digam-me uma lei, uma medida ou uma obra que Sá Carneiro tenha implantado e que tenha deixado visibilidade quer no campo político, social, judicial ou outro. Só uma.
Carta aberta a Juan Miró – Texto de fim de semana
Meu caro João:
Creio que a ida deliberada a Barcelona, após a subida da colina de Montjuïc, para ver na Fundação com o teu nome a primeira retrospetiva da tua obra, me permite o tratamento que, com três décadas de defunção, já não estás em condições de recusar. E sempre me permites dar um ar de intimidade que valoriza o ego de um representante dos nano-mini-micro-intelectuais.
Devo dizer-te, João, que prefiro Picasso, mas sou sensível à plêiade de geniais catalães onde te englobo com Antoni Tàpies, Salvador Dali e Antonio Saura. Nem só de Picasso vive o espírito.
Foi há muitos anos. Algumas vezes lembraste-me Vincent van Gogh e Paul Cézanne e, outras, julguei que estavas a gozar comigo, mas a tua imaginação seduziu-me sempre. Não tenho a veleidade de ter compreendido sempre a pintura, a escultura e a cerâmica com que seduziste os beatos do surrealismo e do dadaísmo, mas aprendi a gostar de ti.
E não foi para falar de ti, muito menos de mim, que te escrevo. Foi para te dizer que um alto governante cavaquista, acusado de perdoar dívidas fiscais a troco de donativos para o partido, talvez calúnia a quem era governante e cavaquista, nódoas indeléveis de quem virou banqueiro e se habituou a defraudar o BPN, o nome não te diz nada, era o banco do regime onde a fina flor do cavaquismo se repoltreou.
E dirás tu, meu caro João, é assim que em português dizemos Juan, dirás tu – dizia eu – o que tens a ver com isso? Pois, é aí que a tua glória se junta à nossa desgraça. Esse tal banqueiro e um bando de outros safados dissiparam mais de 8.000 milhões de euros, eu sei que não sabes o que é isso do euro, quando, com 90 anos, viraste defunto os quadros só eram transacionados em pesetas, dólares e francos. Mas eu informo-te, é a moeda que Portugal tem cada vez mais em dívida púbica e em entregas de particulares em offshore.
Não é que esse desmiolado banqueiro comprou 85 quadros teus em estranha conivência com o genro de um tal Aznar que era devoto de Franco, de quem deves recordar-te, mas que teve de governar em democracia, sim, dessas que havia em França e Inglaterra.
O genro desse Aznar teve artes de se aproveitar com a venda dos teus quadros, os filhos saem aos pais mas em Portugal e Espanha agora são os genros e, do negócio, o que resta são o acervo de uma magnífica coleção que representa todos os períodos da tua vida de pintor.
Era uma recordação cara que nos ficava de ti, meu caro João, um chamariz para os teus devotos se deslocarem a este país cada vez pior frequentado, uma mostra expressiva do teu talento que uns exóticos detentores do poder querem vender por atacado e a pataco.
Terias vergonha deles. Mentem e olham as telas como quem vê o negócio de molduras e até há quem se fixe no interior dos caixilhos a perscrutar o sorriso de vacas nos prados.
Esta carta já vai longa, João. Ainda bem que continuas morto. Se soubesses a história do BPN e dos teus quadros, morrerias de riso, como nós morremos de vergonha, da dívida e de raiva. Tu que inspiraste André Breton e que Matisse representou em Nova Iorque, acabaste numa coleção de Oliveira e Costa com a conta a ser apresentada a todos nós.
Aceita um abraço enviado deste cemitério da inteligência e da cultura, de um teu amigo.
Coimbra, 8 de fevereiro de 2014
QUEM ATIROU A PRIMEIRA PEDRA QUE AGUENTE AGORA A PEDRADA
Elina Fraga, Bastonária dos Advogados, foi desafiada pela procuradora-geral da República aos microfones da TSF a "dizer quem violou o segredo de justiça" no caso Sócrates. Na entrevista, Joana Marques Vidal disse esperar que a bastonária colabore "activamente num inquérito que foi instaurado na sequência das suas declarações" à Renascença, em Janeiro, nas quais disse que o Ministério Público (MP) violou o segredo de Justiça no caso que envolve José Sócrates.
Ora a Bastonária respondeu prontamente com a informação de que vai entregar milhares de notícias de fugas em diferentes processos, para além do caso Sócrates. São nada menos que CINCO MIL cópias de notícias, onde considera que o segredo de justiça pode ter sido violado por magistrados ou polícias, incluindo no processo de José Sócrates, e que vai entregar ao Ministério Público. Elina Fraga, não perde tempo a esfregar na cara da dissimulada PGR a abundante porcaria consentida que existe no MP e que a PGR esconde, chegando ao ponto de com desfaçatez, considerar que as alegadas fugas de informação provenientes do MP se tratavam de "deslizes".
Como disse e bem a professora Estrela Serrano, «chamar “deslizes” às fugas de informação continuada de partes de processos (estejam ou não em segredo de justiça) dirigidas a certos jornalistas é não conhecer a teia de relações e de cumplicidades existentes entre jornalistas, magistrados do Ministério Público e investigadores da polícia criminal. Ou a Procuradora não conhece o “meio” em que se move e era bom que começasse a prestar-lhe mais atenção ou está, deliberadamente, a deitar poeira nos olhos dos portugueses».
Agora, falta a procuradora-geral da República fazer prova da violação do segredo de justiça por parte dos advogados de defesa, como acusou na mesma ocasião. A Bastonária Elina Fraga não perdeu tempo: "A senhora PGR diz que há advogados a violar o segredo de Justiça. E naturalmente que a Ordem dos Advogados vai fazer aquilo que a senhora PGR fez: extrair a certidão das declarações da senhora PGR e pedir ao Ministério Público que convoque a senhora PGR para dizer no processo quem são os advogados que violam o segredo de Justiça". Mais: se a PGR acusa que há advogados que violam o segredo de justiça, "a senhora PGR tem que identificar os advogados que alegadamente violam o segredo de Justiça, sob pena de pôr em causa o bom nome e a reputação de toda a advocacia portuguesa e isso, enquanto bastonária, não vou consentir".
Ora como é público e sabido, a defesa de José Sócrates está impedida até agora de ter acesso ao processo, e a Procuradora - Geral da República tem a sua batata a assar ao afirmar com leviandade que são os advogados de defesa que promovem a violação do segredo de justiça, quando inequivocamente são os agentes judiciários que têm o processo à sua guarda que fornecem ao Correio da Manha e outros pasquins, algumas peças do processo publicadas nas suas páginas que não passam de delirantes presunções, e sem que alguma vez tenham desmentido de não pertencerem ao processo.
A responsabilidade principal da fuga - que não é fuga nenhuma mas sim cedência deliberada de informação -, é do dueto inquisitório Rosário Teixeira e Carlos Alexandre, que têm todo o interesse na campanha que exercem na praça pública no sentido de criar na opinião pública a ideia de culpabilidade de Sócrates, quando se sabe que estão com sérias dificuldades de disso fazerem prova - apesar de as investigações e escutas telefónicas terem começado há mais de um ano antes da detenção -, pois até a este momento não foram capazes de fazer uma acusação sustentada com provas. José Sócrates continua na prisão sem culpa formada, o que configura um caso político. Só quem está ausente do planeta Terra pode ignorar que em face da proximidade das eleições e para dele fazerem uso como, aliás, está já a ser feito, visa impedir que a oposição obtenha uma vitória nas eleições e corra com esta escumalha que tanto mal têm feito ao país e aos portugueses.
FREITAS DO AMARAL E O
JULGAMENTO DE SÓCRATES
NA PRAÇA PÚBLICA
O Professor de Direito Freitas do Amaral foi o convidado do último programa Grande Entrevista da RTP Informação, que pode ser visto aqui (1). Uma parte substancial da entrevista incidiu sobre a detenção de José Sócrates e a violação do segredo de justiça na «Operação Marquês». O 'Sítio com vista sobre a cidade' fez vários vídeos reproduzindo passagens da entrevista. Eis dois desses vídeos (2 e 3):
Entrevista integral:
(1) http://www.rtp.pt/play/p1718/e185543/entrevistagrande-
«O Ministério Público e Tribunal de Investigação Criminal actuam como se estivéssemos em ditadura»:
(2) https://www.youtube.com/watch?v=tfPvXS0JWi4
«Esta prisão está a dar-lhe prestígio junto da esquerda portuguesa. Ele está a transformar-se num símbolo, num ícone da esquerda portuguesa. Neste momento o engº José Sócrates, para o bem ou para o mal, é cada vez mais odiado pela direita portuguesa» :
(3) https://www.youtube.com/watch?v=kbP0qiGknkw
MIGUEL SOUSA TAVARES E O
JULGAMENTO DE SÓCRATES
NA PRAÇA PÚBLICA
Segunda-feira, 23 de Fevereiro, no Jornal da Noite da SIC
http://sicnoticias.sapo.pt/…/2015-02-24-Antes-de-haver-julg…
Clara de Sousa — Boa noite, Miguel. Em relação a esta parte que partiu de José Sócrates [violações do segredo de justiça], ele tem razão na queixa que fez?
Miguel Sousa Tavares — Basta ler o Sol, o i e o Correio da Manhã todos os dias para perceber que ele tem razão. De facto, a fuga do segredo de justiça é banal, mas é pior do que isso: não se limitam a canalizar factos que estarão no processo, mas canalizam as suposições do Ministério Público. Ou seja, a acusação está a ser feita nos jornais por violações do segredo de justiça. (…) O prejuízo que quer ser causado, está causado. Ou seja, antes de haver acusação formal, antes de haver pronúncia, antes de haver julgamento, José Sócrates já foi julgado na opinião pública, na praça pública, graças à violação do segredo de justiça, que é escandalosa, que é pura e simplesmente escandalosa. Aquilo que tem acontecido é escandaloso, quer da parte dos jornais que se prestam a esse serviço, quer da parte dos que fornecem as informações — mais do que informações, como dizia o advogado de Sócrates e com razão, as opiniões aos jornais.
MAGALHÃES E SILVA E O
JULGAMENTO DE SÓCRATES
NA PRAÇA PÚBLICA
Advogado Magalhães e Silva, 4ª feira no Jornal das 9 da SIC Notícias :
http://sicnoticias.sapo.pt/…/2015-02-25-Operacao-Marques-em…
Ana Lourenço — Dr. Magalhães e Silva, nós temos ouvido o advogado de José Sócrates classificar as fugas de informação e as quebras de sigilo relativamente a este caso (…) como especialmente oportunos e simpáticos ao lado da acusação. Quer comentar?
Manuel Magalhães e Silva — Sabe, a convicção do homem comum, e eu não sou outra coisa que não o homem comum, é a de que aquilo que tem sido divulgado como constituindo elementos do processo, nuns casos corresponderá efectivamente àquilo que se encontra no processo, noutros representará uma qualquer suposição de quem divulga, mas não o que esteja efectivamente no processo. Só há no entanto uma maneira de isso poder ser adequadamente esclarecido, que é, havendo indícios de que há violação do segredo de justiça, que haja uma severa perseguição criminal. Do que tem aparecido — não vale a pena nós estarmos a fazer de conta de que não percebemos —, sejam factos que efectivamente se contêm no processo (e, portanto, são violações do segredo de justiça), sejam suposições, são obviamente para criar um clima de condenação do Eng. Sócrates. Qualquer pessoa observa e percebe que é assim (estando em acordo ou desacordo, isso agora é completamente indiferente). Objectivamente, o significado daquela divulgação continuada é o de ter como consequência a condenação na praça pública, para usar a expressão comum, do Eng. Sócrates. E isso num Estado de direito não é efectivamente aceitável.
(….)
Ana Lourenço — (…) mas é essa falta de instrumentos que depois justifica (…) a utilização de expedientes como as fugas de informação?
Manuel Magalhães e Silva — Não é um sucedâneo eticamente aceitável. Não é um substituto eticamente aceitável da perseguição criminal que se condene alguém na praça pública ou, porque não se tem meios em face de suspeitas e em face de investigações insuficientes, se lançar o labéu sobre quem quer que seja, seja eu, seja a Ana Lourenço, seja o Eng. Sócrates, seja quem for. É completamente inaceitável. É interessante que, num escrito recente, o Pedro Adão e Silva fez notar isso: essa tem sido uma estratégia muito continuada do Ministério Público. O Ministério Público tem continuadamente, perante as insuficiências da investigação e da capacidade acusatória, [optado por ] trazer os factos para a praça pública e obter por via da condenação em praça pública aquilo que não consegue em tribunal.
Ana Lourenço — Isto são perguntas que podemos fazer à Procuradoria Geral da República [sobre] a ineficácia ao combate às fugas de informação…
Manuel Magalhães e Silva — Foram feitas perguntas várias vezes. Não tenho memória de que alguma vez tenha sido dada explicação suficiente.
PLACA TOPONÍMICA PRONTA
Para descerrar em Outubro. É a glória merecida, a homenagem necessária, a demonstração do justo reconhecimento popular do pulha que é o maior vigarista, aldrabão e canalha português.
PASSOS COELHO O MAIOR MENTIROSO DE PORTUGAL!JUÍZES, PROCURADORES, M. PÚBLICO, PRENDAM QUEM TEM ROUBADO PORTUGAL NOS CASOS:
- BPN-BPP-BCP-REN-EDP-SOBREIROS-SUBMARINOS-ENVC-HOSP CANCRO EM OEIRAS-BURACO DA MADEIRA-PANDURUS-AÇÕES DO BPN- TECNOFORMA-VISTOS GOLD- BES- DUARTE LIMA –APITO DOURADO-PORTUCALE-MÁFIA DA NOITE-MONTE BRANCO-CTT
Grande Entrevista - Episódio 8 - RTP Play - RTP
Freitas do Amaral - As mudanças na Europa, o desafio dos novos protagonistas gregos, e a política portuguesa. Diogo Freitas do Amaral conversa com Vit
rtp.pt