Políticos, bombeiros e lugares-comuns
Em Portugal não se deve dizer bem de nenhum político nem mal de qualquer bombeiro.
Os políticos são todos maus, corruptos, venais, incapazes e oportunistas, seja qual for o partido. O axioma herdado da propaganda salazarista, contra os políticos, exceto os do partido único, foi refinando com a incultura que não superou as discussões clubistas dos jogos de futebol.
...Ficou-nos do salazarismo a nódoa que turva o juízo, a aversão aos partidos políticos e a tudo o que não fosse único, o chefe, a União Nacional, o deus, o diabo e o raio que os partisse. Deus, Pátria e Família, o primeiro era o do Papa, a segunda incluía as de outros povos e a última submetia a mulher à prepotência e aos humores do marido.
Agrava-se agora, em véspera de eleições, a cruzada contra os políticos da oposição, hoje como no fascismo, a campanha onde se nota a arrogância dos ignaros, o moralismo dos imbecis e a autodefesa de quem chama primeiro aos outros o que merece, na convicção farisaica de que no enxovalho alheio branqueia a desonra própria.
Mas falemos de bombeiros onde apenas as palavras, abnegação, generosidade, altruísmo coragem e sinónimos, são permitidas. Não há, em Portugal, o escrutínio das corporações de bombeiros, das mortes por impreparação para executar missões, do amadorismo com que se combatem incêndios ou se socorrem vítimas, da afetação de recursos sem que a relação custo/benefício seja ponderada.
Os bombeiros e os inúmeros quartéis que nasceram à sombra das autarquias, em linha com a anacrónica e pesada divisão administrativa, não são discutidos. Quem fiscaliza os “soldados da paz” e quem os comanda? Quem investiga a propriedade das empresas fornecedoras de bens e a adjudicação de produtos que apoiam a indústria dos incêndios, mais florescente e luminosa do que a da floresta?
As corporações de bombeiros não podem gozar de foro especial em democracia nem da presunção de que são impolutas e eficazes. Com o país a arder metódica e eficazmente é altura de avaliar a sua preparação, custo e eficácia e a incúria que todos os anos provoca vítimas, sobretudo bombeiros, e deixa o país calcinado.
A divida externa aumentou entre Maio de 2011 e Maio de 2015 cerca de 60.000.000.000 € (Sessenta mil milhões de euros) e eu pergunto como perguntarão milhões de portugueses.
De que valeram estes quatro anos de austeridade severa?
De que valeram os cortes nos ordenados, nas pensões, na saúde, na educação, na defesa, na cultura, na justiça ou na economia se a economia continua a cair, se o desemprego continua a aumentar e se a emigração se mantém em números nunca antes alcançados?
De que valeram a criação de novos impostos como o imposto verde?
De que valeram os aumentos astronómicos do IVA, do IRS ou do IMI?
De que valeu a criação da Contribuição Especial de Solidariedade (CES)?
De que valeu esta politica de direita, reacionária e fascistoide de retirar e anular direitos conquistados pelos portugueses ao longo de anos e anos de luta por melhores condições de vida para si e para as gerações vindouras?
De que valeu ao fim e ao cabo tanta mentira e tanta história mal contada aos portugueses incautos?
De que valeu tudo isto, se no fim de apenas quatro anos demos um passo de mais de trinta anos à retaguarda?
Um juiz, conduz de forma errática pelas estradas de Portugal, provoca um acidente de viação e foge do local sem prestar qualquer apoio ou assistência às vitimas que deixou para trás a esvaírem-se em sangue, indo estampar-se mais à frente e abandonando o carro dirige-se para casa tranquilamente.
Alguém presencia o acidente, chama a GNR que toma conta da ocorrência e vai em busca do dito cujo encontrando-o em casa calmo, sereno e negando o facto.
Este puxa dos seus galões de juiz e nega-se a fazer o teste de alcoolemia e a colaborar com a GNR.
De notar que este mesmo juiz já é reincidente a ter problemas na estrada, tendo já sido julgado e condenado por agressões a outros automobilistas.
Agora abram muito a boca de espanto:
Quem é que sai rapidamente em sua defesa, quem é?
Esse mesmo: O director de um pasquim que na edição de hoje tece largos elogios a este Dr Juiz.
Esse mesmo,que tantas vezes acusou José Sócrates de todos os crimes, dos quais ainda nem um foi provado, julgado ou condenado
É a esta raça, que temos entregue a justiça no nosso país.
TENHO SAUDADES DO ESCUDO.
Com ele vi fazer maravilhas.
Assisti à mudança de um sistema de ditadura para um sistema democrático que, naturalmente, consumiu enormes recursos financeiros necessários para o arranque do sistema nacional de saúde, com o início da construção da necessária rede de instalações e admissão de novos técnicos, o arranque de um novo sistema de educação com a multiplicação de escolas e professores, a valorização do trabalho e do trabalhador com a atribuição de benefícios e de direitos e garantias na manutenção do seu posto de trabalho, a repatriação de quase um milhão de soldados e civis, vindos das ex-colónias e sua integração na economia e mercado de trabalho português.
Com ele também tivemos dois resgates e a mão pesada do FMI mas em pouco mais de 2 anos resolvemos o problema.
com o euro temos uma dívida astronómica, um desemprego inaceitável, 40 mil casais com marido e esposa no desemprego, 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza, uma classe média destruída, a denominação de um dos pig´s europeus e outras malfeitorias que demonstram que a defesa do interesse nacional não é prioridade para os partidos do arco do poder.
E a saga já vai em 4 anos e, apesar de integrados numa união de países que se diziam solidários, não se sabe quando terminará.
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