Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2014

Culpados

O SEU A SEU DONO
REFLEXÃO DE FIM DE ANO

Texto do Corionel Sousa e Cstro


Uns anos atrás recorri às urgências do Amadora-Sintra acompanhando uma familiar.
Passados os sempre angustiantes tempos de espera, segui a doente em maca para o SO. ( Sala de Observação).
Um " open space" exíguo onde médicos , enfermeiros , acompanhantes e macas se acantonavam com dificuldade. A privacidade dos doentes era conseguida à custa de umas cortinas em pano .
Entre espera de análises, observação médica e impasses vários, perdi a paciência e comecei a protestar.
Um médico, já de idade, reconheceu-me. Agarrou-me com delicadeza pelo braço e disse-me:
- Senhor " capitão" eu sou o responsável por este serviço, não diga mais nada, o senhor que tal como eu esteve em África em situações difíceis venha, venha ver o inferno de Dante.
Andei apenas alguns metros e achei-me num corredor, ao lado do SO, atravancado de doentes em maca que por sua vez dava para três espaços mais largos todos eles também com macas encostadas umas às outras e os doentes nas mais incriveis condições.
O médico disse-me:
- é para aqui que a sua mãe vem, pois não temos vagas nas enfermarias e quartos.
No dia seguinte a situação permanecia idêntica e a saúde daquela que foi a minha segunda mãe ameaçava ruir. Assinei um termo de responsabilidade, retirando-a do Hospital, levando-a para a Cruz Vermelha e salvando-lhe a vida.
O que fizemos nós portugueses para merecer a realidade que este apontamento retrata ?
A minha geração e a de tantos portugueses arrostou com a guerra colonial, nasceu em Ditadura tendo-lhe posto termo com coragem e lançou as bases de uma sociedade Livre, Pluralista e que se pretendia Democrática.
E que fez a geração seguinte ? A dos nossos filhos ?
Optou pelo lado mais fácil , delapidou recursos, excluiu estratégias, abastardou os valores, glorificou as aparências e o consumo fútil e quase sempre caro, incensou e elegeu hordas de corruptos que durante anos esmifraram o erário público e parasitaram a iniciativa privada, delapidou todo o património Nacional tornando-se finalmente num grupo de capatazes servis.
A geração de Sócrates, Passos Coelho, Santana, Durão , Relvas, Varas, Portas & cª ficará na História de Portugal, como a geração da mediocridade enfatuada.
Se foi este o preço a pagar pela Liberdade e Democracia, convenhamos que é um preço demasiado elevado.

O meu comentário

 

Tem toda a razão caro Coronel Sousa e Castro. mas eu vou colocar-lhe outra questão que já coloquei nesta página várias vezes. Ou melhor vou fazer perguntas:

Quem foi que educou essa geração de que o meu amigo fala? Quem foi que criou e deu tudo isso à geração que nos seguiu e que não defendeu, antes pelo contrário, delapidou tudo aquilo por que lutamos?

Não fomos nós? Claro que fomos nós que não soubemos acautelar o nosso futuro e também o futuro das gerações que nos seguiram e seguem. Fomos os culpados mas foi a nossa falta de experiência de viver em democracia. Conquistamo-la mas não soubemos consolidá-la, não fomos capazes de identificar os nossos inimigos e separar o trigo do joio.Tal como dizia o filósofo, Quem o seu inimigo poupa às suas mãos lhe morre.

Caramba. Eu tenho a quarta classe tirada em 1957 numa aldeia encravada junto à Serra da Lousã. À data do 25 de Abril era um jovem e simples operário da construção civil, tinha 27 anos e zero conhecimentos sobre política. Fiz parte de comissões de trabalhadores, organizações sindicais, etc, etc. Lutamos nas ruas, nas fábricas, nas Unidades Colectivas de Produção, etc, etc. Vi tantas das minhas lutas serem derrubadas e menosprezadas por aqueles que defendi junto do patronato mais reaccionário. Mas pior do que isso foi assistir ao desmoronar de todo esse capital por aqueles que a pouco e pouco foram ocupando os lugares do poder e também por aqueles que tinham conquistado o poder com dignidade e honra e o entregaram de mão beijada nas mão de incompetentes, arrivistas e oportunistas de toda a espécie incluindo os Durões, os Santanas, os Portas, os Limas e toda a corja que hoje se sustenta do sangue que suga impunemente a este povo massacrado. E aí meu caro Coronel Sousa e Castro, Você e o grupo dos Nove do qual fazia parte activa, tenha muita paciência, mas não posso deixar de dizer-lhe com todas as letras que é um dos principais culpados. Só posso desculpar e aceitar derivado ao facto que já referi atrás. A falta de Experiência de viver em democracia, e a falta de experiência para viver em democracia. No fim somos todos culpados de termos chegado ao ponto que chegamos.

publicado por lino47 às 13:02
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Sábado, 27 de Dezembro de 2014

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O Senhor Inquisidor O Expresso ao fazer a descrição do “inquisidor” Carlos Alexandre traduziu lapidarmente a personalidade do homem nas palavras do advogado Nuno Godinho de Matos quando este afirma: “Mas procura suportar as teses e as posições do Ministério Público. Seria um grande diretor da Polícia Judiciária. Acho que essa é a sua vocação.” Carlos Alexandre é um católico ferrenho, mariânico que gosta de ir a Fátima. Tem nele aquilo que fez os grandes inquisidores do Tribunal do Santo Ofício, digo eu. Desconfia do poder e não acredita no que dizem as pessoas que se sentam à sua frente. Tal como os inquisidores do “Santo Ofício” só enfrenta culpados e o trabalho e esforço de Carlos Alexandre é confirmar a culpa que deu forma a uma acusação da PJ e Ministério Público. Tal como o licenciado e sacerdotes António del Corro que morreu em Sevilha em 1556 aos 85 anos de idade depois de mandar para as fogueiras e masmorras milhares de pessoas, Carlos Alexandre deve lamentar não haver fogueiras, mas, felizmente para ele, há masmorras Carlos é trabalhador e um homem inteligente, mas uma coisa ele não é, um juiz de instrução e nunca será capaz de ser juiz de qualquer tribunal. O espírito dele é o de acusador, inquisidor à moda antiga; a verdade está na cabeça dele antes do próprio processo e se há umas folhas processuais tem de haver um culpado e se não foste tu com o teu nome, foi o teu amigo em teu nome, ou foi um familiar, um motorista e, porque não, um porteiro, sempre em teu nome. O verdadeiro juiz de instrução avalia as provas que lhe são postas em cima da mesa sem se preocupar com o que dizem os jornais ou o que pode a sua vítima dizer para o exterior. Em princípio, só após uma investigação é que alguém se deve sentar à sua frente ou em casos de franco delito. Nenhum juiz imparcial manda prender para investigar, nomeadamente para saber se os amigos e conhecidos são testas de ferro de crimes que não tem em cima da mesa. O juiz de instrução não vê a cara das pessoas e não quer saber quem elas são; apenas quer saber se os papéis que o procurador lhe trouxe têm algo de verdadeiro e não são ficção. Além disso, não autoriza fugas ao segredo de justiça nem a queima dos não condenados na fogueira da opinião pública. O verdadeiro juiz não admite que as eventuais testemunhas sejam influenciadas por uma das partes sem o serem pelo contraditório da outra parte. Enfim, o licenciado Carlos Alexandre é um homem capaz, mas não é um juiz. Dieter Dellinger O Senhor Inquisidor O Expresso ao fazer a descrição do “inquisidor” Carlos Alexandre traduziu lapidarmente a personalidade do homem nas palavras do advogado Nuno Godinho de Matos quando este afirma: “Mas procura suportar as teses e as posições do Ministério Público. Seria um grande diretor da Polícia Judiciária. Acho que essa é a sua vocação.” Carlos Alexandre é um católico ferrenho, mariânico que gosta de ir a Fátima. Tem nele aquilo que fez os grandes inquisidores do Tribunal do Santo Ofício, digo eu. Desconfia do poder e não acredita no que dizem as pessoas que se sentam à sua frente. Tal como os inquisidores do “Santo Ofício” só enfrenta culpados e o trabalho e esforço de Carlos Alexandre é confirmar a culpa que deu forma a uma acusação da PJ e Ministério Público. Tal como o licenciado e sacerdotes António del Corro que morreu em Sevilha em 1556 aos 85 anos de idade depois de mandar para as fogueiras e masmorras milhares de pessoas, Carlos Alexandre deve lamentar não haver fogueiras, mas, felizmente para ele, há masmorras Carlos é trabalhador e um homem inteligente, mas uma coisa ele não é, um juiz de instrução e nunca será capaz de ser juiz de qualquer tribunal. O espírito dele é o de acusador, inquisidor à moda antiga; a verdade está na cabeça dele antes do próprio processo e se há umas folhas processuais tem de haver um culpado e se não foste tu com o teu nome, foi o teu amigo em teu nome, ou foi um familiar, um motorista e, porque não, um porteiro, sempre em teu nome. O verdadeiro juiz de instrução avalia as provas que lhe são postas em cima da mesa sem se preocupar com o que dizem os jornais ou o que pode a sua vítima dizer para o exterior. Em princípio, só após uma investigação é que alguém se deve sentar à sua frente ou em casos de franco delito. Nenhum juiz imparcial manda prender para investigar, nomeadamente para saber se os amigos e conhecidos são testas de ferro de crimes que não tem em cima da mesa. O juiz de instrução não vê a cara das pessoas e não quer saber quem elas são; apenas quer saber se os papéis que o procurador lhe trouxe têm algo de verdadeiro e não são ficção. Além disso, não autoriza fugas ao segredo de justiça nem a queima dos não condenados na fogueira da opinião pública. O verdadeiro juiz não admite que as eventuais testemunhas sejam influenciadas por uma das partes sem o serem pelo contraditório da outra parte. Enfim, o licenciado Carlos Alexandre é um homem capaz, mas não é um juiz.

publicado por lino47 às 21:46
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Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2014

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ABUSO DE AUTORIDADE

por Vital Moreira | 19.12.2014

Esta notícia (*) constitui uma machadada mortal na lisura de processos do Ministério Público quanto a J. Sócrates. Em vez de ter dado seguimento à disponibilidade do visado para ser ouvido, o MP preferiu detê-lo para interrogatório, não fossem as televisões já contratadas perderem o espetáculo live.

É evidente que a sonegação da disponibilidade de Sócrates para prestar declarações só pode ter sido propositada, para submetê-lo à humilhação pública da detenção, o que constitui uma notória instrumentalização desta, que afinal era desnecessária, deitando também por terra o argumento do "perigo de fuga" como justificação da prisão preventiva com que foi depois "agraciado".

Até agora, tudo indica que os "milhões de Sócrates" não passam de ficção resultante de excesso de imaginação policial. Mas os enormes danos materiais e morais causados pelo abuso de poder do Ministério Público bem podem no final proporcionar-lhe uns milhões de indemnização do Estado!

publicado por lino47 às 23:45
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A proibição de dar entrevistas imposta a um cidadão em prisão preventiva é ilegal no caso de José Sócrates !
Aliás o Conselho Consultivo do MP considerou, em 2004, que tal proibição só era justificada se constasse das medidas de coação - o que não sucedeu no caso de Sócrates !

"Expresso intenta ação por ter sido proibido de entrevistar Sócrates !

A direção do jornal relembra que a liberdade de imprensa é um direito constitucional que implica o direito de os jornalistas terem livre acesso às fontes de informação.

Na edição deste sábado, o Expresso divulga aos seus leitores as 81 perguntas que pretende fazer ao ex-primeiro-ministro José Sócrates

A direção da Expresso intentou esta sexta-feira uma ação judicial com o objetivo de anular a decisão que impede o jornal de entrevistar o ex-primeiro-ministro José Sócrates. Perante a recusa comunicada pelo diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), sustentada nos pareceres do juiz de instrução e do Ministério Público, o Expresso avançou com uma "Intimação para proteção de Direitos, Liberdades e Garantias".

Citando o ponto 3 do Código Deontológico do Jornalista, que afirma que qualquer jornalista deve "lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar", a direção do Expresso alega que o despacho do juiz, em que se baseou a decisão do DGRSP, só se pode opor à concessão de autorização da dita entrevista com base "na ponderação do prejuízo da mesma para as finalidades da prisão preventiva". Em consequência, o juiz tem de fundamentar a sua recusa com esta submissão e explicar porque impede um jornal de aceder a uma fonte de informação.

A direção do jornal relembra que a liberdade de imprensa é um direito constitucional que implica o direito de os jornalistas terem livre acesso às fontes de informação. Algo, que, sustenta a direção do Expresso no processo intentado, não está a ser tomado em conta nesta decisão do juiz. Por isso, a direção do Expresso pretende assegurar o exercício, em tempo útil, do seu direito de liberdade de imprensa, solicitando que lhe seja "concedida autorização para aceder à fonte identificada e dela recolher a informação que entender por conveniente, podendo publicá-la".

Na edição deste sábado, o Expresso divulga aos seus leitores as 81 perguntas que pretende fazer ao ex-primeiro-ministro José Sócrates. Fica assim claro e evidente que a entrevista seria de inegável interesse público."19/12/2014"

publicado por lino47 às 19:13
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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2014

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Nesta rasquice de país passa-se rapidamente de um estado de direito a um estado de sítio. Não há respeito pela lei, não há respeito pelas instituições, não há respeito por nada e um simples juiz passa a ter mais poder que a própria justiça. Até onde deixaremos que isto chegue? Voltámos aos tempos dos algozes da PIDE que prendiam sem mandato, mantinham em preventiva sem prazo e sem culpa formada qualquer cidadão e cerceavam~lhe o direito de se defender ou usar o contraditório.
O Governo e o PR são coniventes com os atropelos da justiça. Mas também cairão dentro em pouco.

 
publicado por lino47 às 21:47
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Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2014

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«O investigador criminal Barra da Costa considera que houve, nos últimos anos, momentos assumidos por "políticos profissionais e seus acólitos" de matriz psicopata, exemplificando com o fecho de centros de saúde ou o "roubo oficial" de reformas !»
"Medidas como «roubo oficial» de reformas têm matriz psicopata, diz criminologista Barra da Costa !
O investigador criminal Barra da Costa considera que houve, nos últimos anos, momentos assumidos por "políticos profissionais e seus acólitos" de matriz psicopata, exemplificando com o fecho de centros de saúde ou o "roubo oficial" de reformas.
A análise do antigo inspetor chefe da Polícia Judiciária resulta da investigação que desenvolveu para o livro "Nós, os psicopatas -- fantasias, manias e anomalias", recentemente publicado pelas edições Macaronésia, no qual concluiu que "nem todos os psicopatas são assassinos ou criminosos", sendo estes "os mal sucedidos".
"Os bem sucedidos encontram-se plenamente inseridos no seu contexto socioprofissional, onde ocupam, na maior parte das vezes, cargos de relevo na política e nos governos, em instituições, em empresas, na ciência ou nas polícias", disse o autor, em entrevista à agência Lusa.
Neste livro, que pretende "debulhar tudo o que é história, biologia, psicologia, sociologia e, evidentemente, criminologia desse terrível desvio do comportamento, assente numa grave perturbação da personalidade, que é a psicopatia", Barra da Costa descreve os traços mais determinantes dessa perturbação.
"Há pais psicopatas, patrões psicopatas, maridos psicopatas, políticos psicopatas, empresários psicopatas, companheiros de trabalho psicopatas. A maioria deles jamais será detida e nunca cometerá algum crime", sublinhou.
As motivações dos psicopatas passam por "ideais de poder e 'status' social, em detrimento da empatia e do apego".
"O psicopata não possui capacidade para sentir tristeza, desespero, desalento ou dor pela perda de alguém, constituindo-se como um ser desprovido de sentimentos verdadeiros, um 'desalmado'", adiantou.
Para o criminologista, existiram em Portugal, "nos últimos anos, momentos assumidos pelos políticos profissionais e seus acólitos, que são de matriz psicopata, atentas as consequências gravosas para as populações mais desfavorecidas em termos socioeconómicos".
Alguns dos momentos apontados por Barra da Costa como exemplo destes momentos de matriz psicopata são "o fecho de centros de saúde, escolas e tribunais, o roubo oficial de reformas e subsídios de férias e de natal, o esbugalhar de postos de trabalho, vencimentos e direitos, a atrofia social pela via tributária ou o afastamento compulsivo de funcionários sob o olhar cúmplice de um sistema de justiça medieval".
"Trata-se de exemplos da crueldade premeditada, da frieza e da falta de remorso por parte dos que mais têm e nada fazem (para além de consumir), para com aqueles que produzem (justamente os mais desfavorecidos em termos sociais e económicos)".
Por norma, acrescentou, "esses 'responsáveis', psicopatas aparentemente não-criminosos, convidam a entender essa psicopatia como uma 'necessidade', um desígnio coletivo, sob a capa de uma 'recuperação económica' ou de um 'regresso aos mercados'".
Segundo o investigador, "as ligações cerebrais dos psicopatas são diferentes das pessoas 'normais', na medida em que os psicopatas são jogadores de xadrez psicológico e manobram as pessoas como peões em um tabuleiro".
"Um primeiro-ministro ou um ministro das finanças não se ralam se condenam uma população à fome ou se estimulam uma guerra", afirmou, acrescentando: a "um ministro da educação que não se importa de despedir milhares de professores apenas para poupar uns tostões - esquecendo-se que um seu colega optou pela compra de um submarino, gastando nisso uma quantia que daria para pagar os vencimentos desses professores e dos efetivos, durante cinco anos - nada preocupa, desde que as suas necessidades pessoais e partidocráticas sejam satisfeitas".Isto é bom que se diga e quantos mais formos a contestar esta ladroagem
de reformas, pensões e ordenados mais depressa acabaremos com esta raça de parasitas e assaltantes licenciados e autorizados. Quanto mais gente contestar mais depressa acabaremos com os vendihões do templo, dos abutres e dos vampiros instalados no poder. É tempo de criar um grande movimento de cidadãos em volta de uma figura que reúna o consenso e a vontade do povo português

publicado por lino47 às 22:09
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Muito interessante sem duvida nenhuma. O Coronel Rodrigo Sousa e Castro, tenta pôr neste texto de uma forma lúcida aquilo que é a sua maneira de pensar. Escreve bem e de forma escorreita tal como é seu habito e descreve aquilo que pensa da mesma forma e é assim que eu gosto de ler as suas crónicas. Depois vem as Madalenas arrependidas e as carpideiras de borralho chorar sobre leite derramado. sem nunca admitirem que tem culpas no cartório e que também nunca mexeram uma palha para que as coisas fossem de maneira diferente. A tal êlite de que se fala foi eleita por quem? A tal geração mais qualificada de sempre são ou não são os nossos filhos ou os nossos seguidores? São ou não são aqueles que nós ensinamos nas tais madrassas a serem o que são?Fomos nós que os criamos, educamos e colocamos no poleiro. Portanto a culpa é nossa que não soubemos incutir-lhe valores. Tenho dito.

publicado por lino47 às 12:49
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O SEU A SEU DONO
GERAÇÕES E ÉLITES
Dizem que temos hoje a geração melhor preparada de que há memória.
Todavia as élites permanecem alvo de criticas virulentas, quer quanto á sua idoneidade , quer quanto á sua inépcia na acção, mais acentuada no campo politico, quer quanto ao seu patriotismo.
Afinal como chegamos aqui ?
Cavaco Silva revelou desde novo a fragilidade do seu carácter ao acrescentar num documento que teve que entregar na policia politica, de forma gratuita e desnecessária, a informação , que não lhe era pedida, da sua relação " distanciada" como disse, com o sogro, esse sim eventualmente suspeito da curiosidade da policia.
Uma vez primeiro ministro, aproveitou a largueza dos fundos europeus, para numa descabelada poltica keynesiana ( bebida em Inglaterra) com base em obras públicas algumas faraónicas, não só estuporar os fundos como fazer regredir os sectores potencialmente chaves da economia portuguesa, agricultura, pescas e indústria, incentivando uma politica rentista e de serviços, que desertificou o interior e nada acrescentou á vitalidade da Nação, a não ser problemas.
Da sua gestão como governante, nasceu uma caterva de individuos, uns notóriamente corruptos, outros notóriamente oportunistas, que enxameiam hoje os conselhos de admnistração das empresas do estado ou das vendidas à estranja.
Eleito e reeleito Presidente, as escassas margens de votação que lhe deram as vitórias em nada alteraram os seu carácter . Não conseguiu unir os portugueses, é notória a animosidade de muitos quanto à sua pessoa e a desconfiança quanto aos seus actos, mesmos os pessoais, e na acção politica, preponderantemente virada para apoiar um governo de facção, não conseguiu impôr uma ideia que fosse.
Arrastar-se-á penosamente até ao fim do actual mandato que não tarda.
Sócrates, o anterior PM, oriundo da juventude partidária (JSD), passou para a JS em devido e oportuno tempo e para além de um curso médio académico, não se lhe conhecem outras qualificações a não ser as obtidas de favor.
Arrogante e determinado teve todas as condições politicas para estabelecer um alargado consenso na sociedade portuguesa mas optou por um afrontamento sistemático e quase sempre incoerente.
Governou à vista sem um plano estratégico e perante a crise de 2008, acumulou erros, que sempre atribuiu aos outros ou às circunstâncias até ter feito colapsar o governo e o País.
Pedro Passos Coelho que lhe sucedeu hà três anos, igualmente oriundo das " madrassas" partidárias, não possui nem parece ser capaz de algum dia vir a possuir envergadura para chefe de governo.
Pouco dada a respeitar os compromissos que firma com os eleitores, inculto e ligeiro na forma como aborda os problemas, deixou-se arrastar para uma aventura de liberalismo radical que empobreceu o País, exaurio-lhe o património e rejeitou muitos dos seus melhores.
Rodeado de gente de duvidosa qualidade p.ex a estouvada ministra da Justiça, aguarda que os portugueses lhe passem guia de marcha para um qualquer tacho de favor.
Paulo Portas aparece como o paradigma do demagogo politico. Sempre pronto a ajustar-se às circunstâncias passa com facilidade impúdica de moralista a pragmático capaz de todas as alianças.
Nascido no PSD que abandonou a favor de um jornalismo trauliteiro que liquidou reputações e vidas politicas, depressa se transformou num cordeiro colaborante indiferente aos agravos que produziu.
As élites universitárias portugueses estão bem retratadas nas universidades que faliram e onde a corrupção e o nepotismo eram a prática corrente. Independente, Moderna, e outras do mesmo calibre, que injectam para a sociedade pseudo licenciados.
Mesmo universidades públicas que deviam ser ciosas da sua reputação, facultam mestrados e cursos pós graduação a todo o cão e gato da politica a troco de favores concedidos ou a conceder.
Finalmente a élite empresarial, sempre pressurosa em dar loas à Pátria desde que em beneficio próprio.
" Compromisso Portugal", lembram-se ?
Centros de decisão em mãos portuguesas, lembram-se ?
Aliás esta mediocre élite está bem retratada no duelo de morte entre os primos José Maria e Ricardo, na figura bestunta do PQP , na manha de Soares dos Santos ou no finório Belmiro.
Todos eles também, concorreram e concorrem para manterem Portugal como o País mais atrasado da Europa do euro.
Então o que há de extraordinário em tudo isto ?
Apenas uma constatação:
- A geração mais qualificada de sempre , constitui, mau grado a sua qualificação, o fundamental da base de apoio eleitoral e técnico , destas élites dirigentes e indigentes.
Nada de surpreendente, basta lê-los aqui no FB.

publicado por lino47 às 12:40
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