Os dados aqui trazidos pelo Nuno Serra referem-se apenas à actividade de construção de edificios para venda. Essa é, como mostram os dados do INE, influenciada sobretudo pela procura. Basicamente sem compradores pelo menos potenciais não há construção. Os elevados spreads, a perda de poder de compra das famílias, a incerteza perante a evolução do país, o espectro do desemprego, a fiscalidade sobre o imobiliário/IMI,IMT) a consciência de que a eterna valorização dos produtos imobiliários era uma fraude, tornam a procura uma miragem. Mesmo com sol, com muito sol. Mas há uma outra componente importante que é o sector da construção que está envolvido nas obras públicas. Esse sector foi desmantelado já que este Governo parou completamente o investimento em obras públicas. Há investimento público neste sector que é importante do ponto de vista da resposta a necessidades sociais várias e é virtuoso do ponto de vista económico, por gerar novos investimentos, criar empregos e aumentar a competitividade das empresas. Outro investimento como o feito nas PP´s é inútil, é gravoso para a economia já que gera rendas especulativas que sugam recursos necessários para a actividade económica. Como se sabe o Governo limita-se a fazer de conta que está a reduzir estas rendas. Não está porque não quer nem pode. O Governo representa os detentores das rendas e não tem mandato para os prejudicar em benefício do pais. O investimento que está agora a realizar-se tem mais a ver com o ciclo eleitoral autárquico e aí infelizmente a corrupção, a começar logo no tipo de concurso e nas adjudicações, não augura nada de bom. Por mais que chova Gaspar e os seus acólitos não encontram em S.Pedro o aliado de que tanto necessitam para esconder a sua colossal incompetência e o carácter errado das suas opções políticas.
A OUTRA FACE DA GUERRA
Com esta minha carta, não quero, não posso e não devo, escamotear a verdade daquilo que se passou nas três frentes de guerra durante os treze anos que ela durou, e só quem não passou o sofrimento que ela causou a si próprio ou a alguém da sua familia, é´que pode ter o descaramento e a falta de vergonha necessária para dizer que a guerra nas antigas colónias não passou de um simples escaramuça.
Gostava no entanto de deixar registada a minha passagem pelo serviço militar e pela minha participação neste episódio dramático que tão barbaramente marcou a maior parte da população portuguesa da época.
Assentei praça no «RIA», Regimento de Infantaria de Aveiro em Outubro de 68 onde fiz a recruta, tendo desde a primeira hora sido preparado física e psicologicamente, para mais dia menos dia ter de enfrentar o desafio de ir combater em terras do Ultramar.
Quis o destino que no fim da recruta fosse enviado para a «EPAM», Escola Prática da Administração Militar, em Lisboa para frequentar o curso de caixeiro, fosse lá o que isso fosse, e consequentemente o curso de cabos, que durou cerca de oito semanas.
Depois de «pronto» fui informado de que o meu número mecanográfico já tinha sido marcado para ir bater com os costados em Moçambique, no entanto permaneci durante cerca de quatro meses destacado em S.ta Margarida, a fazer serviço «à linha» aguardando embarque e onde permaneci até Junho de 69.
Nessa data mandaram-me gozar os dez dias de licença a que tinha direito e apresentar-me a embarque no paquete Infante D. Henrique a 18 de Julho passando pelo Quartel Geral de Adidos para levantar o equipamento camuflado e onde permaneci três dias em franca convivência com os percevejos que mevinham visitar à cama todas as noites e procederem à recolha de sangue diária para a sua alimentação.
Não tinha a mínima ideia do local onde iria ser colocado, e nem mesmo quando desembarquei em Maputo, «Lourenço Marques», onde passei quatro dias no Quartel Geral de Adidos local, eu sabia qual seria o meu destino.
Ao fim de quatro dias apareceu uma carrinha para me levar e mais alguns camaradas com destino ao centro de logística da Manutenção Militar que se encontrava na estrada da Beira, Bairro do Jardim, um pouco afastado da cidade.
Permaneci aí destacado durante os vinte e seis meses que durou a minha participação no conflito e onde tinha como missão a segurança das instalações em conjunto com alguns camaradas que já se encontravam no local e outros que foram chegando ou que chegaram comigo.
Não posso deixar de realçar o facto de que a sul do rio Zambeze não se passava nada que desse a impressão de que se estava em guerra.
Lourenço Marques era na altura uma cidade bastante cosmopolita e com um forte sentido europeu, onde se vivia calmamente numa enorme actividade diária tanto diurna como nocturna.
Não se via nas ruas um único militar armado a não ser os militares da PM, PN, PA e da PSP e que mal davam nas vistas a não ser à noite na zona dos cabarés e «boites».
Foram assim passados vinte e seis meses de doce remanso, onde abundava a boa vida, a boa mesa, boas cervejas bebidas nas esplanadas e nos bares de Lourenço Marques, algumas miúdas e o divertimento que permitiam os 900 escudos mensais do salário de 1º Cabo.
Não fui eu que escolhi e não tinha padrinhos militares de alta patente, simplesmente tive sorte.
Mas no entanto, apercebi-me bastante bem da realidade do que se passava no norte de Moçambique e vou explicar porquê:
Por questões que não interessam divulgar, permaneci destacado no Quartel General durante vários meses onde desempenhei funções administrativas e onde tinha como missão receber o correio que não encontrava destinatário e a reencaminhá-lo, como também fazia de escrivão na elaboração de processos e lia em primeira mão o correio militar proveniente das outras unidades, inclusivamente das zonas de combate.
ambém era na minha secção que se apresentavam familiares de militares que se encontravam noutras unidades e dos quais não recebiam noticias há muito tempo e que normalmente se encontravam preocupados. Então a minha missão era descobrir onde estes se encontravam, avisar as respectivas famílias e avisá-los de que as famílias se encontravam preocupadas.
Além disso, na Manutenção Militar, assistia de perto ao envio de milhares de toneladas de rações de combate para aquela que foi designada como Operação Nó Górdio.
Também tive sempre o cuidado de andar mais ou menos bem informado, não pela imprensa local, como é de calcular, mas sim por relatos de outros camaradas conhecidos que vinham das zonas de combate para passar uns dias de descanso na cidade, e por outros que eu ía visitar ao Hospital Militar, também conhecidos ou que alguém da minha terra me pedia para o fazer e a quem normalmente levava umas latas de fruta de conserva ou uns pacotes de biscoitos e uma palavra amiga.
Vem aí mais um verão: Talvez não seja muito quente, talvez não provoque muitos fogos.
Ficamos sempre com uma tristeza enorme no fundo do coração quando vimos as nossas florestas a arder.
A nossa terra é sempre uma mártir nesta época do ano. Antigamente acusavam-se, por vezes com alguma verdade, os madeireiros de darem dinheiro a bêbados e deficientes mentais para porem fogo às matas, mas actualmente já não há madeira que pague a despesa.
Portanto o lucro dos madeireiros com a madeira queimada deu o berro.
Mas as matas e as florestas continuam a arder.
Porquê? Eis a questão.
Será por falta de limpeza nas florestas?
Eu tenho uma ideia um pouco abstrata.
Que tal dar trabalho no Inverno e na Primavera aos bombeiros profissionais, e pô-los a limpar as florestas e as matas como só eles sabem fazê-lo?
Em vez deles estarem nos quarteis a jogar às cartas e ao dominó.
Depois era só apresentar as contas aos proprietários.
As autarquias podem colaborar na elaboração de uma portaria municipal para o efeito.
JÁ FORAM A COUCHEL?
Eu não vivo lá.
Mas foi lá que fui criado a partir dos cinco anos, se não contarmos com o facto de a partir dos treze anos ter sido obrigado a saír para ganhar a vida.
Mas agora Couchel está mais bonito.
A capela foi praticamente reconstruída,
Foi rebocada, e pintada de novo por fora. Levou um telhado novo e um forro novo.
E por dentro, além do forro, foi rebocada e pintada, levou uma instalação eléctrica de se lhe tirar o chapéu e mais importante ainda, o altar foi todo reparado e dourado.
Convém realçar que todo este trabalho se deveu à colaboração e ao empenho de meia duzia de pessoas que lá vivem e também algumas que vivem fora.
Uns ajudaram com algumas verbas e outros com o produto do seu trabalho desinteressado.
Tem fotografias no google.
Não vamos esquecer também que a Camara Municipal de Poiares ajudou com a oferta de vários materiais e até alguma mão de obra.
Penso que posso dizer sem receio que Couchel agradece a todos os particulares e entidades que colaboraram nesta obra.
Mas vamos fazer mais.
Possivelmente qualquer dia vamos requalificar a Eira .
E que tal a ideia?
Por exemplo: Plantar arvores e fazer um jardim com bancos e umas mesas de pedra?
Era giro, não era?
VAMOS PENSAR NISSO?
Sou um poiarense que me considero de boa cepa.
Nascido que fui em Vale de Vaz, quis o destino e a miséria franciscana que se vivia na época, que tivesse sido obrigado ,bem novinho, a conhecer as agruras da emigração.
Emigração interna, é certo, mas mesmo assim emigração.
Parafraseando o poeta, diria assim:
Menino e moço me levaram de casa dos meus pais.
Fui um aluno médio, vou frisar que fiz a quarta classe com dez anos, o que era raro na época.
Nasci numa familia numerosa demais para as posses existentes e isso levou a que com menos de treze anos, eu fosse vender azeite para casa de um tipo de Vale de Vaz, em Lourosa, Vila da Feira.
Como cedo percebi, que aquilo não era a vida que eu queria seguir, cerca de três meses depois já me encontrava de regresso a casa dos meus pais.
Mas como se costuma dizer, embora eu não concorde, ninguém consegue fugir ao destino, fui obrigado a voltar para outras vendas de azeite, e assim andei por Perafita, Vila Nova de Gaia,Carvalhos, Lourinhã e Viana do Castelo.
Foram cinco anos de alguma amargura e de comer de várias maneiras, o pão que o diabo amassou.
Os patrões azeiteiros, eram normalmente pessoas muito mal formadas, e os empregados, não eram para eles mais do que simples escravos que serviam para tudo.
Até para levar porrada.
Quando agora, passados quarenta e tantos anos vejo com desdém um monumento em Poiares, que faz uma homenagem à raça poiarense, onde e encontra lastimosamente a fgura de um azeiteiro, ou petrolino, ou lá o que lhe queiram chamar. Então eu pergunto com um sorriso triste.
Qual raça poiarense?
A raça de mixordeiros e trapaçeiros que roubavam descaradamente os pobres dos fregueses, servindo-se para isso dos tristes empregados,a quem a obrigavam a roubar nas medidas e a misturar toda a espécie de porcaria, para ganharem mais dinheiro?
Ou clama-se pela raça dos trapaceiros negociadores de sucata e de carne ilegal?
O que é a raça poiarense?
Isso existe?
Se existe alguma coisa parecido com uma raça poiarense, eu não quero identificar-me com ela.
Tenho vergonha.
E os verdadeiros poiarenses também deveriam ter.
Atenção:
Eu tenho muito orgulho em ser natural do concelho de Vila Nova de Poiares.
Mas pertencer a uma raça que eram mais conhecidos no país pelas suas proezas de arruaceiros, desordeiros, aldrabões e trapaceiros isso eu não quero.
Por acaso, houve alguma figura de relevo em Poiares, que ficasse de algum modo conhecida por ser ligada à cultura, à filantropia ou à ciência ou a qualquer outra situação que divulgasse o nome de Vila Nova de Poiares por bons motivos?
Que eu saiba não houve.
Então digam-me lá senhores caciques de Poiares, o que é a raça poiarense?!
Escrevam aqui no blogue, e eu responder-vos-ei.
Não estou nada admirado com o valor da dívida e também não estou nada admirado com a atitude da maioria dos credores.
É que a maioria deles era conivente com a situação, sabiam muito bem da situação financeira da Câmara, apoiavam as extravagâncias do antigo presidente, colaboravam nelas e deram-lhe sempre apoio político. A esses era bom era mandá-los ir ter com o amigo que eles tanto apoiaram e em quem eles também se apoiaram. Alguns dos que se fizeram construtores civis à pressa, só o puderam fazer porque tinham o apoio incondicional do amigo presidente. É possível que alguns desses estejam entalados mas bem podem trocar as dividas que a autarquia tem para com eles pelos favores de beneficiaram.
Isto é o que se passa nas autarquias.
Profundamente endividadas, com 3.000 ou 7.000 eleitores tem Presidente da Câmara, cinco vereadores. secretários, vogais, directores de gabinete, dezenas de empregados de escritório, dezenas de funcionários para todas as tarefas, que trazem para as respectivas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia dezenas de milhares de euros de despesas em ordenados, subsídios e representação.
Eu pergunto:
Se uma autarquia com um milhão de eleitores tem direito a onze ou doze vereadores, qual a razão que leva a que outra autarquia com três ou cinco mil tenha direito a cinco vereadores?
Isto porque atrás de cada vereador vem uma quantidade monstruosa de pessoal que não justifica minimamente essa necessidade.
Mas há mais.
O que é que pode justificar que uma simples Junta de Freguesia com pouco mais de cem eleitores tenha um presidente de junta e um secretário que levam para casa entre si mais de dois mil euros mês?
É que estes dois autarcas tem normalmente outro emprego ou são reformados e só vão à Junta de Freguesia duas ou três vezes por semana num total de quatro ou seis horas.
Como é que é possivel que uma Junta de Freguesia desta dimensão tenha rendimento para pagar a estes dois funcionários?
Porque para além disto normalmente ainda tem funcionários a tempo inteiro para limpeza urbana, funcionários de escritório, equipes de reparações urbanas, motoristas, carrinhas de transporte de material e pessoal, ferramentas, instalações, telecomunicações, etc, etc.
É esta maquina pesada multiplicada às centenas por todo o país que leva a que as despesas públicas sejam incomportáveis.
Claro que ninguém tem culpa destas coisas serem assim.
As autaquias e os autarcas só são assim porque o poder instituído é assim e é isso que é preciso mudar com urgência.
Isto é o que se passa nas autarquias.
Profundamente endividadas, com 3.000 ou 7.000 eleitores tem Presidente da Câmara, cinco vereadores. secretários, vogais, directores de gabinete, dezenas de empregados de escritório, dezenas de funcionários para todas as tarefas, que trazem para as respectivas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia dezenas de milhares de euros de despesas em ordenados, subsídios e representação.
Eu pergunto:
Se uma autarquia com um milhão de eleitores tem direito a onze ou doze vereadores, qual a razão que leva a que outra autarquia com três ou cinco mil tenha direito a cinco vereadores?
Isto porque atrás de cada vereador vem uma quantidade monstruosa de pessoal que não justifica minimamente essa necessidade.
Mas há mais.
O que é que pode justificar que uma simples Junta de Freguesia com pouco mais de cem eleitores tenha um presidente de junta e um secretário que levam para casa entre si mais de dois mil euros mês?
É que estes dois autarcas tem normalmente outro emprego ou são reformados e só vão à Junta de Freguesia duas ou três vezes por semana num total de quatro ou seis horas.
Como é que é possivel que uma Junta de Freguesia desta dimensão tenha rendimento para pagar a estes dois funcionários?
Porque para além disto normalmente ainda tem funcionários a tempo inteiro para limpeza urbana, funcionários de escritório, equipes de reparações urbanas, motoristas, carrinhas de transporte de material e pessoal, ferramentas, instalações, telecomunicações, etc, etc.
É esta maquina pesada multiplicada às centenas por todo o país que leva a que as despesas públicas sejam incomportáveis.
Claro que ninguém tem culpa destas coisas serem assim.
As autaquias e os autarcas só são assim porque o poder instituído é assim e é isso que é preciso mudar com urgência.
PARABÉNS POIARES
Parabéns a Poiares, parabéns aos poiarenses, parabéns à democracia, parabéns ao civismo, parabéns ao PS e por último sendo o mais importante, parabéns ao João Henriques.
Não vivendo em Poiares mas tendo Poiares bem cá dentro, desde que a democracia renasceu em Portugal sempre defendi que Poiares não podia viver com um projecto que não se enquadrasse dentro desse mesmo espírito.
Mesmo admitindo que os orgãos autárquicos em Poiares foram sempre eleitos democraticamente.
Mas Hitler também foi eleito democraticamente e foi o que se viu.
Agora é tempo de pôr rivalidades para trás das costas e como um só, todos os poiarenses entenderem que é Poiares que está em causa e não Fulano ou Beltrano.
Agora é tempo de todos os poiarenses deitarem mãos à obra, discutirem calmamente o que está mal feito, corrigirem o que puder ser corrigido terminarem o que puder ser terminado, mas sobretudo fazer o que puder ser feito para que Poiares seja uma terra aberta ao futuro, ao progresso e ás novas gerações, sem esquecer os idosos e mais carentes.
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