Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013
E vamos aguentar isto até 2016?
Somos um povo de cobardolas ou andamos hipnotisados?
Cavaco Silva sempre defendeu mais os seus ideais e os seus interesses particulares em detrimento dos interesses dos portugueses.
Só quem está do mesmo lado da barricada e não são nem pouco mais ou menos a maioria dos eleitores é que nunca se atreveu a ver isso.
Eu volto aperguntar:
Vamos aguentar até 2016 estas ofensas à democracia em nome de que santo? Somos um povo de cobardolas ou andamos hipnotizados, subjugados, amorfos adormecidos, ou afinal está tudo bem ?
Um Presidente da República e um Primeiro Ministro que não respeitam a constituição nem respeitam o orgão máximo do poder e que foram eleitos por cerca de 27% do povo, devem continuar até quando a dirigir um país a seu bel prazer?
Segunda-feira, 21 de Outubro de 2013
Também partilho da mesma ideia de José Manuel R. Barroso.
O Doutor Álvaro Cunhal foi um anti salazarista. Mas refugiado na Checoslováquia, fez muito pouco contra Salazar.
E não tenho dúvidas que se não fosse teimosia de Salazar e depois Marcelo em relação às ex- colónias, ainda hoje dificilmente teríamos a democracia instalada em Portugal, a não ser talvez por pressão da própria Europa e do resto do Mundo democrático, porque só o descontentamento e a consciência politica adquirida pelos militares de carreira fez com que em boa hora o regime caísse.
Não restam dúvidas que a ditadura, tal como caiu em Espanha, na Grécia ou em Chipre sem golpes nem confusões, mais ano menos ano Marcelo Caetano ou outro que o substitui-se teria de abdicar e convocar eleições democráticas.
«Porque todo o mundo é composto de mudança»
Quarta-feira, 2 de Outubro de 2013
Depois de assentes poeira e confetis da festa, desejo partilhar convosco o que penso da enorme vitória que este pequeno Município teve no Domingo.
Embora só seja habitante de Poiares há cerca de dois anos, acompanho com interesse a política que aqui é feita há já uns bons dez anos. Vi como o Jaime Soares governou com punho de ferro, vi como as forças da oposição não se conseguiam organizar, vi como a população se distanciava do executivo por medo, por impotência e também por desinteresse.
Ao longo de vinte anos de “vacas gordas”, vi como a população portuguesa se foi “despolitizando”, na fé de que a “Europa” nos protegeria de tudo. Infelizmente, não nos protegeu de uma ou duas gerações de arrivistas que treparam ao poder não para servir o Bem Público, mas para prosseguir interesses privados.
Mas Domingo, uma nova geração chegou ao poder em Poiares. Muitos jovens que chegam à fase adulta num país “à rasca”, muitos cidadãos que se sentem enganados quando de repente lhes roubam pensões e poupanças de uma vida de trabalho, muita gente que se apercebe que é necessário ser interventivo para se mudar para melhor.
Há quatro anos, o Pires Monteiro decidiu integrar nas listas do PS um vasto grupo de jovens independentes que, embora pouco percebendo de política, tinham o desejo de trabalhar para um Poiares melhor. O Miguel Gil encarregou-se de ensinar os primeiros passos a este grupo de independentes, e soube acompanhar e encaminhar sem nunca condicionar. E o que vimos foi que este grupo, apelidado de “infantário” (pelo executivo cessante) , cresceu em qualidade e número e demonstrou aos Poiarenses que ainda há quem saiba fazer Política (falo de “Política”, e não de “politiquice”).
Como? Em primeiro lugar, com trabalho e dedicação. Não houve reunião da Câmara ou da Assembleia Municipal que não fosse preparada: reunir documentos, estudá-los, ponderar prós e contras, propor caminhos, assumir o voto contra, a favor, ou a abstenção, e saber explicá-lo. A seguir, a humildade: o saber ouvir diferentes opiniões e reconhecer quando os outros têm mais razão. E pelo meio deste processo, os princípios que devem guiar o cidadão na participação política activa: honestidade e competência sempre ao serviço do Bem Público.
Por tudo isto, considero que a vitória de Domingo não pertence só ao PS. E também não pertence só ao “infantário” que, feito o balanço, ia às reuniões melhor preparado que qualquer membro do Executivo PSD e respectiva bancada parlamentar. Esta vitória, em primeira mão, pertence a todos os Poiarenses que finalmente deram um murro na mesa para dizer “Basta!”: basta de cidadãos inactivos, basta de permissividade, basta de nos queixarmos que nada é feito quando nem sequer nos preocupamos nós mesmos em trabalhar para um futuro melhor.
Aos agora eleitos, desejo que continuem no mesmo rumo iniciado há quatro anos:
-Respeito pela democracia interna - espero que a bancada do PS continue sem “disciplina de voto”, pois cada qual deve votar em consciência;
-Respeito pela democracia geral – quem vier por bem que seja bem-vindo, seja de que Partido for, e que efectivamente tenha oportunidade de contribuir para um Poiares melhor;
-Seriedade, honestidade e transparência – porque é assim que se trabalha;
-Humildade e responsabilidade – porque aquilo que a “Res Publica” pede é que os eleitos se entreguem à causa pública e trabalhem pelo Bem Comum, não sozinhos, mas com toda a população, e em nome desta.
Por tudo o que escrevi, os meus parabéns a todos os que participam neste grupo do facebook: pela partilha sadia de ideias, pela cidadania activa, pelo despertar de consciências. Um grupo que, com orgulho, pode dizer que conseguiu acordar Poiares. E espero que nunca aqui falte sentido e olho crítico: na análise do que é feito, na discussão dos melhores caminhos a seguir, no alertar para situações que precisem de atenção.
Domingo, o 25 de Abril chegou a Poiares. Agora, falta cumpri-lo.
Abraço, obrigado e parabéns a todos!
Terça-feira, 1 de Outubro de 2013
Terminou o período eleitoral. A minha preferência é/foi conhecida quanto ao candidato. Compareci nas principais sessões da campanha, e manifestei-me nesta rede social acerca das minhas opiniões sobre algumas matérias. Mesmo não sendo natural deste concelho, e tendo por mero acaso passado a residir cá acerca de nove anos, tinha alguma informação daquilo que era a realidade local. Não conhecendo as pessoas (conheci o candidato apenas no dia da apresentação da lista), não compreendia como é que era possível que os destinos de um concelho estivessem entregues 40 anos à mesma pessoa, e com a agravante das asneiras cometidas e a situação de atraso e caos em que se encontrava. Fui também acompanhando as intervenções e decisões do Executivo e Assembleia Municipal, através das actas publicadas. Por vezes fiquei envergonhado, da qualidade e do teor das intervenções que iam acontecendo, e não posso deixar de louvar o vereador Artur Santos pela paciência e coragem demonstradas, não desistindo do seu lugar, pois que acredito que só uma "paciência de Job" isso permite. Desejava que esta terra, que agora é a minha por adopção, obtivesse uma mudança. Analisando os resultados que se verificaram em eleições anteriores, mantive algum receio que essa mudança viesse a ocorrer, daí a minha ansiedade que vivi ao longo destes últimos dias. Contudo tinha uma esperança que isso seria possível, e assim foi. Os meus parabéns a todos os intervenientes nesta luta, o esforço dispendido, a organização, a divulgação das actividades, o diálogo, o esclarecimento, as propostas apresentadas "com os pés assentes no chão", foram a todos os níveis exemplares. Quando assim é, as coisas só poderiam obter um bom resultado. Registo ainda, com muito agrado, a postura de humildade que esta candidatura evidenciou, a meu ver a sua maior qualidade, e que contribuiu de sobremaneira para a conquista desta grande vitória. Em sentido contrário, verificámos alguma arrogância e que eram "favas contadas", da lista afecta do poder, que até chegou a anunciar cerca de 400 nomes de candidatos na suas listas! Agora que se passa a uma nova fase, em que o vencedor passa a ser o presidente de todos os poiarenses, importa agregar todos, apoiantes e não apoiantes, num desígnio comum, que é a resolução dos vários problemas que existem, alguns nada fáceis de resolver. Acredito, que pela postura demonstrada, assim será. Parabéns ao Sr. Presidente e à equipa que o irá acompanhar e votos do maior sucesso para levarem a bom porto a enorme responsabilidade que têm em mãos. Continuarei a acompanhar a actividade poiarense, com grande entusiasmo, estando disponível para aquilo que me for possível. Para terminar, quero referir que foi a primeira vez na minha vida, que tive a felicidade de partilhar uma vitória autárquica, pois que em todas as anteriores, os meus preferidos foram sempre derrotados. Algum dia tinha que ser a primeira vez!