Estamos a falar de quê?
Dos velhotes que vivem isolados nas aldeias, que mal se podem mexer e cujos rendimentos são uma ajuda do estado no valor de 230€?
Dos milionários que tem as propriedades abandonadas há dezenas de anos, mas não se querem desfazer delas porque já eram da avozinha e são uma recordação?
Das Câmaras Municipais que são proprietárias de dezenas de milhares de hectares de baldio e que não se preocupam minimamente com limpeza?
Do estado em que também ele é proprietário de centenas de milhares de hectares de floresta e às quais não dá o mínimo de atenção ou à Portucel que é agora a maior locatária, arrendatária ou concessionária de terrenos do país para plantio de eucaliptos e que também deixa muito a desejar em relação à limpeza dos terrenos que explora.
Eu sou proprietário de uma propriedade com cerca de um hectare, está coberta de mato e silvas há mais de trinta anos.
Tenho quase setenta anos, não tenho saúde para limpá-la e não tenho posses financeiras para mandar limpá-la.
Vão aplicar-me coimas por incumprimento do decreto lei não sei das quantas?
Não pago.
Se eu não tenho dinheiro para mandar limpar o terreno, também não tenho dinheiro para pagar a coima.
Expropriam-me a propriedade?
Paciência, é mais um hectare de terreno a juntar às dezenas de milhares de hectares que o estado possui e que vai deixar por limpar.
Um investimento privado de 24 milhões de euros vai permitir a recuperação de uma aldeia abandonada, no concelho de Penela, e a sua transformação num empreendimento turístico que empregará 61 pessoas, disse hoje o promotor.
«Com este projeto inovador, podemos mostrar às pessoas que o interior do país também tem coisas belíssimas para férias, desporto e lazer», enfatizou Manuel dos Santos, empresário da área da construção civil, em declarações à agência Lusa.
O empreendimento, cuja apresentação decorre hoje à tarde, na presença do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, corresponde à primeira fase de um investimento mais vasto, estimado em 46 milhões de euros, que abrange duas povoações serranas, Pessegueiro e Esquio, no extremo sul da serra da Lousã.
Nos últimos cinco anos, Manuel dos Santos comprou 3.700 parcelas de terreno e habitações, cuja área total ultrapassa os 300 hectares, salientou, por seu turno, o presidente da Câmara Municipal, Luís Matias.
Inserido no sistema de incentivos do QREN SI-INOVAÇÃO, na tipologia - Inovação Produtiva, o empreendimento deverá proporcionar a criação de 61 postos de trabalho diretos, dos quais 34 serão qualificados.
A transformação do Pessegueiro num aldeamento turístico contempla a construção de vários equipamentos de animação, incluindo um sistema de telecadeira, ou teleférico de montanha, ligando a aldeia a São João do Deserto, numa extensão de quase um quilómetro em linha reta.
O autarca Luís Matias, candidato do PSD à Câmara de Penela, disse que as obras «vão arrancar de imediato».
A telecadeira será construída por uma empresa especializada da Áustria, revelou Manuel dos Santos.
O empresário esclareceu que, dos 24 milhões de euros desta fase do investimento, apenas uma parte foi considerada elegível para aceder aos fundos comunitários, podendo a comparticipação ascender a seis milhões de euros, se o promotor «cumprir todos os requisitos» do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
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