Sábado, 28 de Setembro de 2013

Fogos

Estamos a falar de quê?

Dos velhotes que vivem isolados nas aldeias, que mal se podem mexer e cujos rendimentos são uma ajuda do estado no valor de 230€?

Dos milionários que tem as propriedades abandonadas há dezenas de anos, mas não se querem desfazer delas porque já eram da avozinha e são uma recordação?

Das Câmaras Municipais que são proprietárias de dezenas de milhares de hectares de baldio e que não se  preocupam minimamente com limpeza?

Do estado em que também ele é proprietário de centenas de milhares de hectares de floresta e às quais não dá o mínimo de atenção ou à Portucel que é agora a maior locatária, arrendatária ou concessionária de terrenos do país para plantio de eucaliptos e que também deixa muito a desejar em relação à limpeza dos terrenos que explora.

Eu sou proprietário de uma propriedade com cerca de um hectare, está coberta de mato e silvas há mais de trinta anos.

Tenho quase setenta anos, não tenho saúde para  limpá-la e  não tenho posses financeiras para mandar limpá-la.

Vão aplicar-me coimas por incumprimento do decreto lei não sei das quantas?

Não pago.

Se eu não tenho dinheiro para mandar limpar o terreno, também não tenho dinheiro para pagar a coima.

Expropriam-me a propriedade?

Paciência, é mais um hectare de terreno a juntar às dezenas de milhares de hectares que o estado possui e que vai deixar por limpar.

publicado por lino47 às 13:07
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Segunda-feira, 16 de Setembro de 2013

Esquio Penela

Projeto turístico em Penela cria 61 empregos

Recuperação de uma aldeia abandonada vai incluir um teleférico de montanha

Por: tvi24    |   2013-09-11 17:41

Um investimento privado de 24 milhões de euros vai permitir a recuperação de uma aldeia abandonada, no concelho de Penela, e a sua transformação num empreendimento turístico que empregará 61 pessoas, disse hoje o promotor.

«Com este projeto inovador, podemos mostrar às pessoas que o interior do país também tem coisas belíssimas para férias, desporto e lazer», enfatizou Manuel dos Santos, empresário da área da construção civil, em declarações à agência Lusa.

O empreendimento, cuja apresentação decorre hoje à tarde, na presença do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, corresponde à primeira fase de um investimento mais vasto, estimado em 46 milhões de euros, que abrange duas povoações serranas, Pessegueiro e Esquio, no extremo sul da serra da Lousã.

Nos últimos cinco anos, Manuel dos Santos comprou 3.700 parcelas de terreno e habitações, cuja área total ultrapassa os 300 hectares, salientou, por seu turno, o presidente da Câmara Municipal, Luís Matias.

Inserido no sistema de incentivos do QREN SI-INOVAÇÃO, na tipologia - Inovação Produtiva, o empreendimento deverá proporcionar a criação de 61 postos de trabalho diretos, dos quais 34 serão qualificados.

A transformação do Pessegueiro num aldeamento turístico contempla a construção de vários equipamentos de animação, incluindo um sistema de telecadeira, ou teleférico de montanha, ligando a aldeia a São João do Deserto, numa extensão de quase um quilómetro em linha reta.

O autarca Luís Matias, candidato do PSD à Câmara de Penela, disse que as obras «vão arrancar de imediato».

A telecadeira será construída por uma empresa especializada da Áustria, revelou Manuel dos Santos.

O empresário esclareceu que, dos 24 milhões de euros desta fase do investimento, apenas uma parte foi considerada elegível para aceder aos fundos comunitários, podendo a comparticipação ascender a seis milhões de euros, se o promotor «cumprir todos os requisitos» do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

publicado por lino47 às 22:35
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Segunda-feira, 9 de Setembro de 2013

Coronel Sousa e Castro

A TODOS OS MEUS AMIGOS DO FB PEÇO O EMPENHO EM LEREM O QUE SEGUE E DIVULGAREM SE ACHAREM JUSTO. É QUE JÁ NÃO É ADMISSIVEL TANTA MENTIRA E DEMAGOGIA.
Quando a 26 de Abril de 1974, finalmente as Forças Armadas tomaram a sede da Pide/Dgs na rua António Maria Cardoso em Lisboa e ocuparam o forte de Caxias libertando os presos políticos, um dos factos que constataram foi que na sede, os agentes da Pide acossados pela Revolução, haviam queimados substanciais quantidades de documentos, não numa incineradora que tivessem para o efeito, mas numa singela lareira revelando logo ali, o estado da arte a que tinha chegado a policia politica da ditadura.
Como não foi possível identificar na totalidade os documentos queimados, sabendo-se todavia que ma maior parte eram listas de colaboradores e informadores e de redes pessoais de informadores que eram exclusivo dos agentes mais graduados da policia politica , inspectores e sub- inspectores, é absolutamente razoável presumir que alguns desses documentos conteriam algum documento relacionado com as policias politicas congéneres inclusive com a CIA.
Acrescente-se todavia, que nessa altura, 90% dos efectivos e da actividade da Pide /Dgs, realizava-se nos três teatros de operações militares em África a beneficio das Forças Armadas Portuguesas, especialmente o Exército, com quem colaboravam estritamente, não só no domínio da pesquisa coberta das informações, como em actividades extra fronteiras, e até em contactos com os movimentos ditos de Libertação.
Na Metrópole, isto é em território Nacional Europeu, tanto a sede como a prisão de Caxias, foram ocupadas em permanência pelas Forças Armadas, quer unidades do Exército , quer da Armada, incluindo a prisão de Alcoentre, onde milhares de agentes e informadores, foram “ depositadas” com o intuito de serem julgados.
A ocupação, guarda e defesa dessas instalações, manteve-se ininterruptamente nas mãos dos militares até 1982 ( fim do Conselho da Revolução), embora com a substituição das guarnições logo após os acontecimentos politico-militares de 25 de Novembro de 1975.
Ao organizarem a guarda das instalações e arquivos os militares, através de uma cadeia hierárquica conhecida, formaram uma comissão, chamada Serviço de Coordenação para a Extinsão da Pide/Dgs e LP. Nela aceitaram integrar elementos dos vários partidos e forças politicas, que reivindicavam um passado de luta antifascista, entre outras, O PCP, O Ps, a Luar, o MRPP etc. Esses elementos são conhecidos e grande parte, creio eu, ainda hoje é viva , felizmente. Entre eles estava um menbro do comité central do PCP, o snr Oneto ligado ao PS, o dr. Caldeira do PS e hoje da fundação Mário Soares e outros cidadãos ligados ás forças que referi.
Estas forças , particularmente o PCP, que tinham aliás os correlativos simpatizantes no seio das Forças Armadas da altura, procuraram numa primeira fase e rapidamente, indagar das listas de colaboradores e informadores por forma a puderem rapidamente sanearem as suas fileiras e exercerem alguns ajustes de contas. Digo particularmente o PCP, que obviamente teve chocantes surpresas.
Mas a questão essencial, é que este heterogénio grupo politico civil que passou a fazer companhia aos militares, exerciam uma vigilância mútua de tal ordem, que é absolutamente delirante pensar, nas colunas de Berliets (camiões) que a coberto da noite carregaram toneladas de documentos e se puseram a caminho da União Soviética, numa operação Jamesbondiana sem paralelo cá no burgo !!!!!.
É aliás ofensivo para a guarnição e chefias militares presentes e responsáveis á época a admissão de uma operação dessa natureza.
Esta delirante visão, sem o mínimo de consistência e prova real, faz ainda hoje as delicias conspirativas de alguns escribas jornalísticos e do Face Book e mais grave é partilhada por gente que se diz historiadora, alguma com altas responsabilidades académicas..
A verdade, é que tirando alguns recuerdos pessoais, entre os quais algumas armas, os processos de lideres políticos da oposição á ditadura como os de Soares e Cunhal, e eventualmente algumas fotocópias de documentos que a análise superficial de alguns desses zelosos civis partidários poderiam considerar informação útil para este ou aquele partido, os arquivos da policia politica da ditadura podem considerar-se incólumes e foram entregues por mim em 1982 para seguirem para a Torre do Tombo, após um grupo de deputados ter alvitrado que eles ficassem na AR !!!!

O embuste da fuga de informação relevante e com peso politico, sobretudo em termos internacionais, uma espécie de wikileaks avant-garde, põe a nú oportunismos serôdios e a ignorância completa do processo histórico relacionado com o fim da ditadura. Por altura do 25 de Abril de 1974, a policia politica português, estava praticamente proscrita das redes de informação normais das democracias ocidentais, incluindo a CIA e como é óbvio, não tinha qualquer contacto com as policias politicas do Bloco Comunista e ainda menos com a China.
Acresce a esta realidade o indigente estado da arte dessa policia, por mim verificado, durante os sete anos em que fui responsável pelo desmantelamento do seu aparelho, em que foi confrangedor, verificar os aspectos artesanais e arcaicos do seu funcionamento. Sem embargo de admitir contactos estritamente pessoais de alguns inspectores, que não do director, major Silva Pais, com elementos de alguns serviços secretos europeus (França e Inglaterra). O resto é fantasia pura.
Relembro que os efectivos , os melhores agentes e 90% do esforço da policia politica se verificava em África e aí sim, com resultados palpáveis, entre os quais os assassinatos de Eduardo Mondlane e Amilcar Cabral. Acções aliás bem negativas para o interesse estratégico português como hoje é fácil constatar.
Por último queria rearfirmar que a todos os agentes e informadores confirmados, foi dado oportunidade de um julgamento justo e equitativo, por mim exigido em Conselho da Revolução e que o General Ramalho Eanes através dos meios Judiciais do Exército proporcionou ( cinco tribunais militares), queria dizer ainda que esses processos judiciais estão salvaguardados no Arquivo Histórico militar, sendo Portugal, talvez o único caso no mundo, onde os arquivos da policia politica de uma ditadura foram essencialmente perservados e o julgamento que os democratas fizeram sobre essa policia politica estão salvaguardados.
Isto sim devia ser valorizado e merecer o estudo de quem perde tempo com especulações e demagogias.
 
publicado por lino47 às 09:50
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