A GUERRA NA SÍRIA
Quem se importa com o que se passa do outro lado?
Era urgente que as cadeias de televisão fizessem um debate independente que informasse convenietemente sobre o que é Goutha, sobre o porquê dos bombardeamentoss a Ghouta e sobre Damasco.
Mas que informasse também dos lançamentos constantes de obuses e morteiros vindos do lado de Ghouta sobre os bairros de Damasco.
A maior parte das pessoas que ouvem os comentadores e noticiaristas não tem a minima noção do ...que é que se está a falar quando vêem imagens da cidade satélite de Damasco a ser arrasada pelos aviões russos e as tropas governamentais e não sabe que Goutha é uma cidade satélite como o Montijo ou Rio Tinto onde se refeugiaram todos os regimentos do Daesh e da AL Qaeda que usam as populações como escudos humanos e mostram crianças que esles próprios torturam e matam.
Não há um único noticiário ou reportagem sobre o que se passa em Damasco.
Não aparece uma única entrevista às populações fustigadas constantemente pelos rebeldes e pelas tropas do ISIS, Daesh, Al Qaeda ou seja lá o que for.
As cadeias de televisão portuguesas não tem um único repórter no terreno servindo-se das imagens tendenciosas fornecidas pelas cadeias americanas.
Tiveram Candida Pinto no Iraque ou Carlos Fino no Egito mas com a contenção de custos e os cortes nas despesas preferem gastar verbas em concursos da treta para entreter e estupidificar o pagode.
Em nenhum conflito é possível haver uma informação decente e independente quando só se mostra um dos lados da barricada.
E era útil saber que os mais recentes dados, davam como certo que o Daesh ainda tinha cerca de cinco mil soldados em Goutha, armados até aos dentes com armamento e mercenários vindos de toda a Europa, nomeadamente França, Inglaterra, Alemanha e até de Portugal e dos Estados Unidos.
O eucalipto é, por si só, o maior factor de desertificação do país, e a desertificação do país é o nosso problema número um. Não vale a pena falarem em descentralização, nem em ocupação do interior nem em valorização do mundo rural, enquanto estivermos submetidos à ditadura do eucalipto. Juntem a isso o conhecimento, hoje absolutamente indisfarçável, de que o eucalipto é, de longe, o maior factor de deflagração de incêndios: o eucalipto mata. Mata a floresta, mata casas, povo...ações, pessoas. E, como vimos agora, mata rios.
Mata a pesca, a agricultura, a paisagem, o turismo do interior. Com a limpeza dos rios, com as indemnizações às vítimas dos fogos, com os negócios e negociatas à volta do combate aos incêndios, só de custos directos a indústria de celuloses custa uma fortuna aos contribuintes. Mas quem se quiser deitar a pensar quanto mais custa ao país e aos contribuintes o abandono dos campos e a desertificação de todo o interior, rapidamente chegará à conclusão que 1300 milhões não são nada comparados com isso.
Restam os postos de trabalho que se perderiam. Mas chamo a atenção para os estudos recentes que têm vindo a público e que nos dizem que, com a quebra da natalidade e o envelhecimento demográfico galopante que temos, o nosso principal problema em breve vai ser a escassez de dezenas, e logo centenas, de milhares de postos de trabalho na indústria, se quisermos continuar a crescer. Só é preciso ter a coragem de mudar de paradigma. Sairmos de um pensamento de país terceiro-mundista.
O descaramento já atingiu tal ponto que, na semana passada, a revista “Sábado” não só se dava ao luxo de tranquilamente transcrever largas passagens do interrogatório do juiz Carlos Alexandre a Paulo Santana Lopes e José Veiga, visando implicar o juiz Rui Rangel, como também chegava ao ponto de comentar os apartes de Carlos Alexandre, deste género: “Bem ao seu estilo, Carlos Alexandre não resistiu a desabafar…”. Se tamanha intimidade relativamente a uma peça teoricamente alvo do chamado “segredo de justiça” já dá muito que pensar, que dizer do facto de um jornalista da revista, aparentemente acompanhado de um fotógrafo, ter andado a seguir os últimos cinco dias de Rui Rangel, antes de ser despoletada a ‘Operação Lex’, fotografando-o a sair de casa, a entrar no Tribunal da Relação, a sair para um jogo de futebol com amigos, a embarcar no carro na garagem do condomínio, etc.? A PJ ou o MP agora fazem vigilâncias a suspeitos em conjunto com jornalistas da Cofina ou fornecem-lhes “em exclusivo” o material dessas vigilâncias? Independentemente dos suspeitos em causa, com quem eu não gastaria um jantar (mas isso não vem ao caso), muito gostaria de saber se o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, o director nacional da PJ, a PGR, o Conselho Superior do Ministério Público, não acham seu dever dizer uma palavrinha sobre o assunto? Ou já nada os envergonha? E, se já nada os envergonha, o que devemos esperar a seguir?
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